domingo, 22 de maio de 2011

ALICE VIEIRA


Muito aguardada, esta visita, mais exactamente desde o ano lectivo passado. Queríamos muito rever Alice Vieira, e comemorar com ela o trigésimo aniversário da sua vida literária e o trigésimo aniversário da nossa Escola.
Foi finalmente possível e a autora de Rosa, minha irmã Rosa foi recebida por alunos das seis turmas do oitavo ano, os muitos que aceitaram a sugestão das professoras de Português, de ler romances da autora e sobre eles escreverem as suas impressões de leitura.
Após as muito sinceras felicitações e agradecimentos à escritora, pelos admiráveis textos que nos tem oferecido, a palavra foi dada a três leitoras. Curiosamente, enquanto a Inês falou sobre o primeiro romance, a Mafalda escolheu a poesia, que muito recentemente veio desvendar uma grande poeta, faceta ainda por muitos desconhecida, da autora que tem dedicado a sua escrita sobretudo ao público juvenil.
Começou então Alice, e o seu poder de comunicação, a voz cheia e calorosa, a extraordinária vivacidade e sentido de humor, cativaram o público até ao final. Na última visita a escolas que realiza este ano (coincidentemente, também é a nossa última convidada), recordou com inesperada nitidez e um agrado que muito nos envaideceu o Projecto que pela primeira vez ocasionou o nosso encontro, já há cerca de vinte anos: o Concurso "Entrer dans la Légende", que proporcionou aos alunos de uma turma do 11º ano, e respectivas professoras de Português e de Francês, Vera Batista e Fátima Magriço (presente na sessão e companheira de mesa), escolher um mito nacional, o de D. Sebastião, escrever sobre ele com Alice Vieira, traduzi-lo, dramatizá-lo, representá-lo em Paris e vê-lo publicado em edição bilingue. Bem bom!
Falou em seguida da sua escrita, do importantíssimo lugar que o jornalismo ocupa na sua vida profissional e no que contribui, em rigor, em observação da realidade, na atenção ao outro, para a actividade literária. Contou episódios da sua vida de escitora, falou de amigos, leu textos deles - Ruy Belo, Tolentino Mendonça, Mário Henrique Leiria... - homenageou-os. Respondeu a todas as perguntas, autografou todos os livros e folhinhas de papel estendidos por muitas mãos.
Que melhor forma de agradecer do que recomendar os seus livros?
O que dói às aves e Dois corpos tombando na água são os livros de poesia que os mais velhos NÃO PODEM PERDER!

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