quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

PESADELOS

Alguém me lembrou que esta história, se a contasse aqui, não viria totalmente a despropósito.

Uma professora, L., colega nossa que encontro regularmente em reuniões do A Ler +, confessava-me que, certa noite, tinha tido um pesadelo: sonhara comigo; porém, discreta e simpática como é, antes que a interpretasse mal e me ofendesse, explicou-me o teor do seu pesadelo.

Vivia-se o apocalipse. Literalmente. Árvores violentamente arrancadas ao chão, prédios desmoronando, vulcões cuspindo lava, automóveis levados por ventanias impossíveis; gente correndo, em busca de uma salvação que não chegaria; destruição e morte, chãos abrindo fendas, fogos consumindo crianças, lagartixas e girafas, terror em olhos inocentes, culpas por expiar.

E, no meio deste universo a desfazer-se, eis que apareço, de ar carrancudo, a L., quando se perguntava para onde ir, que fazer.
E lembrava-lhe:
«Ó menina, que é isso?! Tu ainda não "postaste" no blogue! Estive eu com aquele trabalho todo para te registar, para quê? Para nada...? Tss, tss!»

Uso este texto como meio de lembrar que o blogue é um lugar em que tudo - ou quase - cabe, desde informações, citações, poemas e referências a propósito até histórias no limiar do despropositado.

E talvez, L., possas agora estrear-te. Antes que venha o fim do mundo. Por exemplo (se te apetecer), comentando este post.

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