Nuno Morais foi um poeta português, que morreu ainda jovem.
A sua poesia, reunida num volume com o tragicamente premonitório título de Últimos Poemas, constitui um livro muito belo de todos os pontos de vista, em que a delicadeza dos sentimentos ou o humor contido na percepção da realidade nos colocam em face de ângulos imprevisíveis, modos incomuns de pensar, sentir e exprimir.
O segundo Nuno de que vos quero falar é Nuno Viegas, o pintor. E embora haja quem detecte nele influências evidentes (como, por exemplo, a de Paula Rego), a sua visão é, também, sempre um factor de perplexidade. As pinturas que apresenta trazem uma história imaginável - mas, dessa história, que não conheceremos na totalidade, o que Viegas capta é o momento mais inesperado, o mais tenso, o mais desequilibrado; o mais estranho, o mais sinistro ou o mais divertido.
E, porque estamos em maré de Nunos, o último é Nuno Prata, igualmente um jovem, mas, neste caso, compositor e cantor. Aquilo a que já ouvi chamar um cantautor! Que nos interessa neste Nuno final? Adivinharam. O dom de nos surpreender com uma música em que o amor é cantado sem que se caia no lugar comum, na fórmula gasta. E, na minha opinião, a própria melodia evolui como os nossos ouvidos não previam nem supunham.
Para quem queira vir surpreender-se, 3 Nunos é o nome da sessão em que, a 24 de Novembro (amanhã), pelas 10. 20, a Biblioteca se tornará palco de um fascinante exercício de afinidades, cruzamentos, encontros e, quem sabe?, desencontros...
Pela voz de vários alunos, a poesia de Nuno Morais, a pintura de Nuno Viegas, a música de Nuno Prata.
na próxima sexta
Há 12 horas
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