Toda a gente sabe que a invenção da roda foi uma das mais fabulosas que o ser humano jamais realizou, e as extraordinárias mudanças que trouxe à sua existência. Sem rodas, como seria a nossa vida?
O que muitos ainda não experimentaram foi a magia de pertencer, ou mesmo só de assistir, a uma “Roda de Livros”, como a que teve lugar na Biblioteca. A turma B do 10º ano, simpática, “boa onda”, divertida, com a professora de Português, também, a falar de coisas muito sérias com a naturalidade e à vontade com que se deve falar das coisas sérias.
Ora vamos lá a ver. Cheguei atrasada, segundo um dos alunos, perdi o melhor... O que seria, se o resto foi tão bom?! Soube depois que foi a apresentação de um livro que li de um fôlego, daqueles que lemos e depois andamos a querer convencer toda a gente de que não pode de maneira nenhuma perdê-lo: A Sombra do Vento, do catalão Zaffon, romance premiado no ano em que saiu, logo aqui em Portugal, no Correntes de Escritas (o importante encontro de literatura de expressão ibérica, que todos os anos se realiza na Póvoa do Varzim). Que pena não ter ouvido!
Mas ouvi falar do Siddartha, de Hermann Hesse, da procura do ser, do caminho para lá, percebi como foi bem feita a escolha do que devia ser dito, apreciei como alguém perguntou, concluiu – “Então, é como se esse fosse o caminho da vida?” (Não foi bem assim, mas garanto que o sentido foi esse.)
Ouvi falar d’ O Carteiro de Pablo Neruda, daquela tocante amizade entre o carteiro e o poeta, daquele amor do carteiro que o poeta ajudou a conquistar. Das cartas sonoras que o carteiro enviou ao poeta, quando este precisou de recordar.
Do inesquecível Por Quem os Sinos Dobram, de Hemingway, do intemporal Diário de Anne Frank.
Também de As Brumas de Avalon, que um divertido leitor confessou ter partes “com bolinha” e que foram exactamente essas que lhe agradaram mais.
E ainda houve tempo para um magnífico policial de Agatha Christie, para acabar em suspense.
Nada quebrou aquele círculo perfeito, as apresentações cativantes, as perguntas inteligentes, outras ligeiras e bem humoradas (“Quanto tempo levaste a ler esse livro?”- 6 vezes..., “Mas há história de amor?”, “E o rapaz, era bonito?”), mas sempre com um grande companheirismo. Não sei se a palavra está fora de moda, mas foi o que achei e me agradou mais. Temos turma!
Como dizia o senhor Pedro no final, “Ficava aqui o resto da manhã a ouvi-los.”
O que muitos ainda não experimentaram foi a magia de pertencer, ou mesmo só de assistir, a uma “Roda de Livros”, como a que teve lugar na Biblioteca. A turma B do 10º ano, simpática, “boa onda”, divertida, com a professora de Português, também, a falar de coisas muito sérias com a naturalidade e à vontade com que se deve falar das coisas sérias.
Ora vamos lá a ver. Cheguei atrasada, segundo um dos alunos, perdi o melhor... O que seria, se o resto foi tão bom?! Soube depois que foi a apresentação de um livro que li de um fôlego, daqueles que lemos e depois andamos a querer convencer toda a gente de que não pode de maneira nenhuma perdê-lo: A Sombra do Vento, do catalão Zaffon, romance premiado no ano em que saiu, logo aqui em Portugal, no Correntes de Escritas (o importante encontro de literatura de expressão ibérica, que todos os anos se realiza na Póvoa do Varzim). Que pena não ter ouvido!
Mas ouvi falar do Siddartha, de Hermann Hesse, da procura do ser, do caminho para lá, percebi como foi bem feita a escolha do que devia ser dito, apreciei como alguém perguntou, concluiu – “Então, é como se esse fosse o caminho da vida?” (Não foi bem assim, mas garanto que o sentido foi esse.)
Ouvi falar d’ O Carteiro de Pablo Neruda, daquela tocante amizade entre o carteiro e o poeta, daquele amor do carteiro que o poeta ajudou a conquistar. Das cartas sonoras que o carteiro enviou ao poeta, quando este precisou de recordar.
Do inesquecível Por Quem os Sinos Dobram, de Hemingway, do intemporal Diário de Anne Frank.
Também de As Brumas de Avalon, que um divertido leitor confessou ter partes “com bolinha” e que foram exactamente essas que lhe agradaram mais.
E ainda houve tempo para um magnífico policial de Agatha Christie, para acabar em suspense.
Nada quebrou aquele círculo perfeito, as apresentações cativantes, as perguntas inteligentes, outras ligeiras e bem humoradas (“Quanto tempo levaste a ler esse livro?”- 6 vezes..., “Mas há história de amor?”, “E o rapaz, era bonito?”), mas sempre com um grande companheirismo. Não sei se a palavra está fora de moda, mas foi o que achei e me agradou mais. Temos turma!
Como dizia o senhor Pedro no final, “Ficava aqui o resto da manhã a ouvi-los.”
De repente, uma experiência aparentemente banal transforma-se num momento especialíssimo. Foi o que aconteceu com esta RODA DE LIVROS. A situação era comum: uma turma de 10º Ano reuniu-se na Biblioteca, para uma troca de impressões de Leitura. Todos leram um livro, e apenas na véspera conheceram os títulos sorteados para apresentação. Até aqui nada de novo. O que eu não esperava é que o 10.ºB me surpreendesse tanto. A Mafalda, o André, o Filipe, a Inês, o Tiago, o Francisco e o Artur - que apresentaram os livros - foram fantásticos. Quanto à turma, entrou na roda, foi uma roda a sério. Eu, claro, entrei também, e desconfio que esta roda não vai desfazer-se. Mas aqui para nós, eu sei que o lugar ajudou muito. É mesmo verdade que a nossa Biblioteca guarda muitos segredos e mistérios...
ResponderEliminarDigo sinceramente: tenho imenso orgulho em dizer a toda a gente que ando numa escola fantástica e super dinâmica, uma escola que não pára, cheia de pessoas interessantes e tão diferentes. Palestras no anfi-teatro, escritores convidados, o clube de cinema, o clube de teatro, oficinas de escrita, debates. Até um clube de jardinagem existe! A sério, eu quase que perco o fio à meada com tantas actividades. Ainda bem que não somos uma daquelas escolas com um ambiente completamente académico, cheia de alunos que parecem múmias, "nerds" e ratos de biblioteca/laboratório. Os meus sinceros parabéns à escola, à biblioteca e a todas as outras pessoas dedicadas que põem esta escola sempre a mexer. Não, não estou a dar graxa.
ResponderEliminarEstou a ser sincero.
Aw, não houve nada disso no meu tempo.
ResponderEliminarDesses seis (nunca li nenhum agatha christie, apesar de a minha mãe ser apreciadora) só li os dois primeiros, e o siddhartha há poucos meses. Aliás, tenho andado a ler vários HH para daqui a uns tempos 'atacar' finalmente O Jogo das Contas de Vidro.
Fico à espera de mais Rodas de Livros para ver o que se anda a ler por aí :).