quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NADA MAIS E O CIÚME

Do livro, direi que vale mesmo muito a pena ler (e ver, que é bem bonito!), que surpreende, pela singularidade do olhar sobre as personagens, pelas situações criadas, que prende pela construção da narrativa e, claro, pela escrita.
Direi também o que na sessão de apresentação -bem documentada em lugares diversos como ESTE e ESTE e ainda ESTE - no alvoroço do atraso, não encontrei oportunidade de dizer: que foi bom, aquele ambiente de festa e de amizade, que a escolha da Biblioteca, a cuja equipa o autor pertence e espaço de tantos encontros com a sua marca pessoalíssima, me deu enorme contentamento. Mais uma memória guardada por todos, com particular carinho!
Também queria ter dito que felicito sinceramente o Zé António, pela criatividade, pela coragem, que desejo muitos leitores ao seu livro. Que desejo outros livros ao autor.


P.S. - Ainda há alguns exemplares, na Biblioteca

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SOBRE O ERRO











Foi fascinante!
Na sua primeira visita à nossa Biblioteca, (há dois anos, já?), Gonçalo M. Tavares conduziu uma conferência invulgar, como tudo o que faz..., onde a escrita, a aceitação e a contestação, o certo e o errado, a imaginação e o real, tudo foi interrogado, virado do avesso, segundo uma lógica desconcertante.

Desta vez, os felizardos participantes foram um grupo que não pôde ser muito alargado, formado por alunos de várias turmas do Secundário, e alguns professores. Foram eles participantes numa Oficina que teve como ponto de partida aquele que habitualmente não se considera o começo ideal, mas que ficou demonstrado ser exactamente uma das melhores formas de desencadear a criatividade. O erro.

Desenhem uma casa errada, pediu. Logo em seguida, saltou à vista que os erros menos aplaudidos são os mais banais. Curioso.
Inventem agora uma personagem para habitar essa casa, continuou, que seja criada por esse espaço.

Assim, etapa atrás de etapa, cada uma mais inesperada que a outra, e ao mesmo tempo tão simples, a dizer "isto esteve sempre lá... não me digam que ainda não tinham visto?...", foram crescendo as histórias.

Como quem prepara uma viagem, com metade do gozo que ela lhe vai dar a realizar, tínhamos andado divertidíssimos a pedir aos leitores de Gonçalo M. Tavares que escolhessem uma estrofe, de Uma Viagem à Índia, e nela inscrevessem a sua marca pessoal, um sublinhado, uma nota, um rabisco. Claro que todos aceitaram, e claro que todos se queixaram da dificuldade da escolha! Ampliadas, essas páginas (poucas) formaram um percurso, desde a entrada da Escola até à Biblioteca. Uma forma de agradecer ao escritor, devolvendo-lhe, lidos, alguns dos seus escritos.

Agradecemos muito, muito, a Gonçalo M. Tavares.

E à Didi, que no-lo apresentou e o trouxe até nós, literalmente. E ao Zé António, o nosso Mercúrio. E à João, pelas notas artísticas que sempre acrescenta. E a todos os participantes.