quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

RECEITA

E entre um pouco de tudo o que é importante e este blogue vai acolhendo, numa deliciosa desordem, aproveito para vos trazer aqui uma citação, também ela deliciosa.

Eis o diagnóstico de Pablo Neruda, leitor de Cortazar, que recomenda - peremptoriamente - a sua leitura:

«Quem não ler Cortazar está condenado. Não o ler é uma doença grave e invisível que, com o tempo, pode ter terríveis consequências. Algo de semelhante ao homem que nunca provou pêssegos e que vai ficando mais triste, visivelmente mais pálido e, provavelmente, aos poucos, perdendo todo o seu cabelo.»

PABLO NERUDA

2 comentários:

  1. Chegamos aos livros pelos caminhos mais variados. A tua recomendação subliminar através da recomendação de Pablo Neruda é bem vista.
    Eu cheguei a Cortazar através de um filme - o "Blow up" de Antonioni, baseado, precisamente, num conto de Julio Cortazar - e que me foi recomendado por um namorado que veio a ser o meu marido. Ainda há pouco revimos o filme com a nossa filha. (Isto está a ficar um bocadinho lamechas, mas deve ser da época natalícia... Vou mas é continuar a ver testes que me passa já a lamechice...)

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  2. Não fazia ideia nenhuma, vê lá tu, que o "Blow up" (em que também tenho pensado muito, por causa de várias conversas recentes; a propósito: a tua filha gostou?) era baseado num conto de Cortazar. E o pior de tudo, é que de Cortazar eu conheço um único livro - e mais nada, nem ao menos contos, como se tivesse medo de me decepcionar depois de ter lido esse romance absoluto que é o Jogo do Mundo. Esse livro enche-me completamente as medidas, na sua lógica lúdica e criativa (podemos recompô-lo, iniciando a leitura pelo capítulo que quisermos, por exemplo...) e na sua infinita possibilidade de transformação. Qualquer dia ouso ler um conto. Tens em mente algum que me não desiluda?

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