Sim senhor, sim senhor. Hoje, tivémos a segunda visita de monsieur Descartes.
Para mais duas turmas décimo-primeiro anistas, A e C, organizou a Biblioteca/CRE da escola um pequeno-almoço que, não desfazendo, correu particularmente bem.
Foram guiadores de visita os alunos, do 11º A, Diogo Cunha e Helena Cordeiro. As apresentações foram seguras e as intervenções dos mais diversos alunos eram de uma grande perspicácia, mesmo quando se fechavam numa certa teimosia. Mas não queria repetir o que já disse, em post anterior, acerca da sessão em si mesma. Portanto, conto antes que, há dias, quando, na aula, descrevia à turma o que se iria passar nesse pequeno-almoço a sério, onde, à volta da mesa, conversaríamos acerca da filosofia de René Descartes, o Diogo Cunha seguia o meu entusiasmo com um olhar céptico. Como se pensasse para os seus botões: «Hum! Tanta lantejoula para quê?»
Hoje, após a sessão, não resisti e perguntei-lhe: «Então, que tal?»; e assim falou o Diogo, parando de mastigar a tosta com compota que, visivelmente, lhe estava a saber muito bem: «Foi excelente!»; retruquei (grande palavra): «Sim, mas confesse lá. O Diogo estava muito deconfiado, não estava?»; e ele: «Porque era um risco, professor. Correu-se um risco: parecia-me uma daquelas ideias que se, na prática correm mal, dão muito mau resultado...»
Eu sei. A afirmação do Diogo não foi uma crítica, mas um elogio: reconhecer que toda a diferença implica algum risco - e, já agora, que a Biblioteca da escola é, e tem sido, desde há muitos anos, um lugar onde se correm riscos, e se sofrem frustrações, claro, mas se realizam sessões ímpares, é o maior elogio que pode ser feito. Ainda bem que o chá vos soube bem. Descartes, de onde quer que vos viu, gostou certamente do que viu.
Para mais duas turmas décimo-primeiro anistas, A e C, organizou a Biblioteca/CRE da escola um pequeno-almoço que, não desfazendo, correu particularmente bem.
Foram guiadores de visita os alunos, do 11º A, Diogo Cunha e Helena Cordeiro. As apresentações foram seguras e as intervenções dos mais diversos alunos eram de uma grande perspicácia, mesmo quando se fechavam numa certa teimosia. Mas não queria repetir o que já disse, em post anterior, acerca da sessão em si mesma. Portanto, conto antes que, há dias, quando, na aula, descrevia à turma o que se iria passar nesse pequeno-almoço a sério, onde, à volta da mesa, conversaríamos acerca da filosofia de René Descartes, o Diogo Cunha seguia o meu entusiasmo com um olhar céptico. Como se pensasse para os seus botões: «Hum! Tanta lantejoula para quê?»
Hoje, após a sessão, não resisti e perguntei-lhe: «Então, que tal?»; e assim falou o Diogo, parando de mastigar a tosta com compota que, visivelmente, lhe estava a saber muito bem: «Foi excelente!»; retruquei (grande palavra): «Sim, mas confesse lá. O Diogo estava muito deconfiado, não estava?»; e ele: «Porque era um risco, professor. Correu-se um risco: parecia-me uma daquelas ideias que se, na prática correm mal, dão muito mau resultado...»
Eu sei. A afirmação do Diogo não foi uma crítica, mas um elogio: reconhecer que toda a diferença implica algum risco - e, já agora, que a Biblioteca da escola é, e tem sido, desde há muitos anos, um lugar onde se correm riscos, e se sofrem frustrações, claro, mas se realizam sessões ímpares, é o maior elogio que pode ser feito. Ainda bem que o chá vos soube bem. Descartes, de onde quer que vos viu, gostou certamente do que viu.
Legendas:"Penso, logo existo(?)". "Duvido seriamente dessas dúvidas do tal senhor...". "É verdadeiro, ou peruca?"
ResponderEliminarA única a correr riscos fui eu, que entornei o chá e ia-me queimando!
Mas gostei, aprendi e diverti-me. Quando é o próximo?