- O que veem?
- Uma casa, não sei se é... parece.
_ Por acaso, parece!
_ De que material é feito?
- De óleo.
- E de que época será esta pintura?
- Da época medieval.
- Não, é mais aintiga, eles ainda não sabiam pintar!
Assim, num vivíssimo diálogo a muitas vozes, sem silêncios, mas também sem atropelos, o 8ºD foi comentando as imagens mostradas pela professora Ana Cristina Marques, selecionadas da vastíssima iconografia da figura de D. Quixote de la Mancha.
Começando pelos contemporâneos, os tais que ainda não sabiam pintar - equívoco prontamente esclarecido e ótimo pretexto para dar algumas noções sobre a pintura não figurativa - e recuando até ao século XVIII, diversas representações do cavaleiro, primeiro mantido anónimo, foram sendo vistas e apreciadas pela assistência.
Não tardou a ser identificado, dando a deixa para a fase seguinte da conversa, agora sobre a história e significado da famosa personagem: os professores José António Pacheco e Adélia Simas conduziram a reflexão, acrescentando novos elementos e situando na sua época o grande clássico da literatura universal, de mistura com a leitura de excertos ilustrativos, e a projeção de uma cena do musical com Peter O'Toole, trazido pela professora Suzete Monteiro.
Na última parte, saltou a pergunta, confirmação inequívoca do interesse e envolvimento dos assistentes. A hora era mesmo de questionar, não apenas de escutar:
- Porque é que fizeram um livro sobre um homem que nem sequer era cavaleiro e que não regulava lá muito bem?
Duas das sugestões de resposta:
- Porque se calhar era cómico!
- Com certeza havia uma mensagem - vive os teus sonhos, nem sempre o que nós achamos que é fantasia é mesmo fantasia.
na próxima sexta
Há 2 minutos
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