A escolha de… Joana Polónio Francisco (7º F)
Quando tornar a vir a Primavera
talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
para poder supor que ela choraria,
vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
é uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, tudo se repete, porque tudo é real.
Alberto Caeiro, Poemas Inconjuntos
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